Durante seu discurso na abertura da 79ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), no dia 24 de setembro, o presidente Lula destacou a urgência de enfrentar as mudanças climáticas, erradicar a fome, combater as desigualdades e buscar o fim dos conflitos armados. Lula também reforçou a importância de uma reforma na estrutura da ONU, para que a organização se torne mais inclusiva e apta a lidar com os desafios globais atuais.
“Neste plenário ecoam as aspirações da humanidade. Aqui travamos os grandes debates do mundo. Neste foro buscamos as respostas para os problemas que afligem o planeta. Recai sobre a Assembleia Geral, expressão maior do multilateralismo, a missão de pavimentar o caminho para o futuro”, declarou Lula. Tradicionalmente, o Brasil é o primeiro país a falar no debate geral, e esta foi a nona vez que o presidente Lula inaugurou a Assembleia Geral da ONU, sendo sua única ausência em 2010.
Um dos pontos centrais de seu discurso foi a união das lideranças globais para a eliminação da fome no planeta. “Os dados divulgados há dois meses pela FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) sobre o estado da insegurança alimentar no mundo são estarrecedores. O número de pessoas passando fome ao redor do planeta aumentou em mais de 152 milhões desde 2019. Isso significa que 9% da população mundial (733 milhões de pessoas) estão subnutridas. Pandemias, conflitos armados, eventos climáticos e subsídios agrícolas dos países ricos ampliam o alcance desse flagelo”, afirmou.
Foto: Ricardo Stuckert / PR
