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IBGE: 8,7 MILHÕES SAÍRAM DA POBREZA NO BRASIL

05/12/2024 8h06

Entre 2022 e 2023, a proporção de brasileiros e brasileiras abaixo da linha de pobreza caiu de 31,6% para 27,4%, a menor desde 2012. Com isso, 8,7 milhões de pessoas saíram da pobreza, reduzindo o total de 67,7 milhões para 59 milhões. A extrema pobreza também teve recuo histórico, passando de 5,9% para 4,4%, com 3,1 milhões de brasileiros superando essa condição.

Esses dados, divulgados ontem pelo IBGE, utilizam critérios do Banco Mundial, que considera R$ 665 como linha de pobreza e R$ 209 para extrema pobreza.

Os programas sociais foram fundamentais. Sem eles, a extrema pobreza teria saltado para 11,2% e a pobreza para 32,4%. Em 2023, a proporção de brasileiros atendidos por programas sociais subiu para 27,9%, chegando a 51% em áreas rurais.

O Bolsa Família garantiu assistência a 42,7% das crianças de até 14 anos, com adicionais de R$ 150 por criança de até seis anos e R$ 50 por criança, adolescente ou gestante.

As regiões Norte e Nordeste concentram os maiores índices de pobreza, com destaque para o Vale do Rio Purus (AM), onde 66,6% da população está abaixo da linha de pobreza. Já Sul, Sudeste e Centro-Oeste registraram os menores índices.

Entre os ocupados, menos de 1% estavam em extrema pobreza, contra 14,6% dos desocupados. A taxa de jovens de 15 a 29 anos que não estudavam nem trabalhavam caiu para 21,2%, a menor desde 2012, mas desigualdades persistem: nos lares mais pobres, quase metade dos jovens estava nessa situação, enquanto nos mais ricos eram apenas 6,6%.

O total de ocupados chegou a 100,7 milhões em 2023, o maior número desde 2012. A taxa de informalidade ficou estável em 40,7%, mas é mais alta entre pessoas pretas ou pardas (45,8%) do que entre brancas (34,3%), evidenciando desigualdades estruturais.

Foto: Ricardo Stuckert/PR