Em discurso na sede das Nações Unidas (ONU), em Nova York, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, condenou o morticínio de Israel na Faixa de Gaza e denunciou a tática de extermínio imposta à população civil. A fala ocorreu durante a Conferência Internacional para a Solução Pacífica da Questão da Palestina, realizada na última segunda-feira (28).
“Quando confrontadas com alegações credíveis de genocídio, invocar a Lei internacional não é suficiente, temos que aplicá-la com determinação”, afirmou o chanceler, cobrando uma resposta efetiva da comunidade internacional.
Na conferência, que contou com a presença de mais de 55 países, o governo brasileiro propôs cinco medidas essenciais para a superação do conflito:
1. O reconhecimento do Estado da Palestina e sua admissão como membro pleno da ONU;
2. A distinção legal clara entre o território de Israel e o território palestino ocupado;
3. Oposição firme à expansão de assentamentos ilegais;
4. Garantia de proteção aos trabalhadores e trabalhadoras de ajuda humanitária;
5. Aplicação de sanções contra assentadores violentos.
A posição brasileira dialoga com a fala do secretário-geral da ONU, António Guterres, que também condenou o uso da fome como método de guerra. “Nós nunca podemos aceitar que a fome seja usada como arma de guerra”, declarou Guterres, reforçando a urgência de uma solução para a paz.
