Por iniciativa do deputado Leonel Radde (PT), o Grande Expediente da Assembleia Legislativa desta quarta-feira debateu o uso medicinal da cannabis e o trabalho das Associações Canábicas no Rio Grande do Sul. O parlamentar destacou a importância do tratamento para milhares de pacientes com diversas enfermidades e defendeu a urgência de o estado regulamentar a matéria, a exemplo do que já ocorre em 15 unidades da federação e em diversos países.
Radde contrapôs o preconceito contra a cannabis com a aceitação de produtos como o tabaco e o álcool, que geram custos bilionários ao Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento de doenças decorrentes. “O Brasil e o Rio Grande do Sul estão à margem do grande debate mundial sobre a cannabis terapêutica”, afirmou, lembrando que o potencial econômico do setor tem projeção de alcançar 154 bilhões de dólares até 2034.
O deputado recordou que, enquanto vereador de Porto Alegre, já havia proposto um projeto para a distribuição da cannabis pelo SUS, iniciativa reapresentada pelo vereador Aldacir Oliboni (PT). Ele listou ainda uma série de enfermidades cujo tratamento com a cannabis medicinal apresenta resultados positivos, como epilepsia, dor crônica, esclerose múltipla, autismo, Parkinson e Alzheimer.
Participaram do Grande Expediente o representante da Ascamed (Associação Cannábica Medicinal), Matheus Hampel; o presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Cannabis Medicinal de Porto Alegre, vereador Aldacir Oliboni; a representante do Conselho Estadual de Saúde, Rosa Beltrame; o representante da Pampa, Leonardo Rostirolla; e o representante da Associação Terapêutica para Tratamento Canábico, Daniel de Los Santos. O deputado Halley Lino (PT) e o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Pepe Vargas, também se somaram aos pronunciamentos.
Fonte: PT Assembleia RS – Claudia Paulitsch – MTE 9095
Foto: Fernando Gomes / ALRS
