O Brasil encerrou 2024 com o maior lucro da história para pequenos negócios, segundo levantamento divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). A pesquisa aponta que o empreendedorismo popular se consolidou como caminho legítimo de ascensão econômica, em um cenário de mudanças estruturais no mercado de trabalho e fortalecimento de políticas públicas.

Responsável pelo estudo, o pesquisador Marcelo Neri observou que “a gente, quando olha as séries, vê que o lucro do pequeno negócio está subindo. Nunca foi tão alto quanto no final de 2024, que é o último ponto da série”. Ele também destacou a estabilidade dos resultados: “não apenas as fotografias, mas as trajetórias individuais do trabalhador em geral, e do empreendedor em particular, apresentaram a menor probabilidade de regressão da série histórica”.

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, avaliou que os dados confirmam o que já se percebe no dia a dia. “A integração entre programas sociais e o incentivo ao empreendedorismo formam uma combinação poderosa para impulsionar a economia e reduzir desigualdades. Como mostra a FGV, o pequeno negócio nunca lucrou tanto, gerando renda e oportunidades”.

Esse crescimento ocorre em um momento em que o emprego formal deixa de ser a única via de estabilidade. MEIs e pequenos empreendimentos, impulsionados por iniciativas como o programa Acredita no Primeiro Passo, ganham cada vez mais espaço. Com crédito facilitado, capacitação e apoio técnico, o programa já movimentou R$ 726,42 milhões até fevereiro de 2025, em mais de 87 mil operações.

A força dessa transformação será celebrada no próximo dia 29 de abril, em Brasília, durante a entrega do Prêmio Nacional de Inclusão Socioeconômica. Serão reconhecidos projetos em três categorias: Inserção no Mercado de Trabalho, Empreendedorismo e Fomento, e Combate à Desigualdade.

Foto: Ubirajara Machado / MDS