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CRÉDITO DO TRABALHADOR JÁ PERMITE TROCAR DÍVIDAS COM JUROS MAIS ALTOS

28/04/2025 6h51

Na última sexta-feira (25), começou a migração de dívidas de trabalhadores/as com carteira assinada para o Crédito do Trabalhador, que oferece juros menores. A troca pode ser feita diretamente nos aplicativos e sites das 70 instituições habilitadas.

Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, por enquanto a migração só é possível no mesmo banco onde o crédito foi contratado e ainda não está disponível na Carteira de Trabalho Digital.

O novo consignado para CLT tem taxas médias em torno de 3% ao mês, chegando a 1,6% em alguns bancos, enquanto o CDC tradicional gira entre 7% e 8% ao mês. De acordo com a medida provisória que criou o programa, “a redução dos juros na troca de dívida é obrigatória”. A regra vale até 21 de julho.

Para migrar, o trabalhador/a contrata o novo empréstimo para quitar a dívida anterior. Se ainda tiver margem consignável, pode pedir novo crédito. Os bancos podem oferecer a migração automaticamente, mas, se as condições não forem vantajosas, é possível buscar a portabilidade para outra instituição.

A partir de maio, a troca entre bancos diferentes será liberada. A Dataprev gerencia os processos, e o Ministério do Trabalho acompanha as taxas e o perfil dos tomadores/as.

A portabilidade automática vale para CDC e consignados. Também é possível usar o Crédito do Trabalhador para quitar dívidas do cheque especial e do cartão de crédito, mas nesses casos é necessário renegociar antes.

Até as 17h de quinta-feira (24), já haviam sido liberados R$ 8,2 bilhões em 1.510.542 contratos, beneficiando 1.478.711 trabalhadores/as. O valor médio é de R$ 5.491,66, com prestação média de R$ 335,51 em 16 parcelas. São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná lideram as concessões.

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil/Arquivo