O 17º Encontro Nacional do Partido dos Trabalhadores e das Trabalhadoras, realizado em Brasília, foi marcado por um contundente ato de solidariedade à causa palestina. Na abertura do evento, que reuniu cerca de mil delegados e delegadas de todo o país, a direção do partido reafirmou sua posição histórica de apoio e leu uma moção que denuncia o que o presidente Lula classificou como um “genocídio premeditado” promovido por Israel.

A condução do ato esteve a cargo do senador Humberto Costa, presidente nacional do PT, ao lado do presidente eleito, Edinho Silva, e dos e das dirigentes Romênio Pereira, Mônica Valente, Valter Pomar e Misiara Oliveira. O momento contou com a presença especial do embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben. Em sua fala, Costa criticou o silêncio de parte da comunidade internacional diante da morte de milhares de civis, incluindo mais de 18 mil crianças, e cobrou o fim do apoio ao complexo industrial-militar israelense. “Não se trata de uma guerra, mas de um genocídio premeditado”, declarou, citando a afirmação do presidente Lula.

Visivelmente emocionado, o embaixador Ibrahim Alzeben agradeceu o apoio histórico do PT e do Brasil. “Desde sua fundação, o partido tem sido mais que um partido, tem sido uma trincheira de luta, de solidariedade com os povos oprimidos do mundo, especialmente com o povo palestino”, afirmou sob aplausos.

Ao final, a carta aprovada no encontro formalizou a posição da militância. O texto endossa a nota do Conselho Nacional de Direitos Humanos e solicita ao presidente Lula que “intervenha em favor da suspensão de relações diplomáticas e comerciais com o governo de Netanyahu”.