55 anos depois de sua prisão pela luta contra a ditadura, Dilma Rousseff obteve o merecido reconhecimento como anistiada política. No último dia 22 de maio, a presidenta da Comissão de Anistia do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, Ana Maria Lima, em nome do Estado brasileiro, pediu perdão a ex-presidenta pela tortura e perseguição sofrida na ditadura civil-militar iniciada em 1º de abril de 1964.

É assustador pensar que nova tentativa de golpe ocorreria em 2023, numa versão mais rudimentar mas, nem por isso, menos arrogante e criminosa. A responsabilização dos/as envolvidos/as no planejamento, financiamento e operacionalização da tentativa de golpe e na afronta aos poderes da república não pode ficar impune. Por isso, é dever legal, constitucional e de respeito ao povo brasileiro o julgamento e a aplicação das medidas legais aos responsáveis pelo planejamento, organização e mobilização golpista.

É pela democracia e pelos direitos do povo brasileiro que Dilma tem dedicado sua vida, desde a juventude. Reconhecer seu protagonismo significa, também, evidenciar o papel das mulheres e dos/as jovens nessa dura resistência.

Juçara Dutra Vieira
Presidenta do PT /  RS