A declaração final do G20 destacou a criação da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, liderada pelo Brasil, com a adesão de 82 países. A iniciativa busca erradicar a fome até 2030. O texto reafirma o papel do G20 no apoio a países em desenvolvimento e no avanço dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). Entre os principais pontos estão a transição energética, preservação ambiental e a taxação de super-ricos para financiar mudanças globais.
A reforma das instituições multilaterais também ganhou destaque, com o objetivo de torná-las mais representativas e alinhadas às realidades atuais. Regiões como África, Ásia-Pacífico, América Latina e Caribe são citadas como prioritárias para maior inclusão nos espaços de decisão global.
“O mundo requer não apenas ações urgentes, mas medidas socialmente justas, ambientalmente sustentáveis e economicamente sólidas. Por esse motivo, nós trabalhamos em 2024 sob o lema ‘Construindo um mundo justo e um planeta sustentável’ – colocando a desigualdade, em todas as suas dimensões, no centro da agenda do G20”, afirma o documento.
No campo ambiental, o G20 reforçou o compromisso com o Acordo de Paris e o objetivo de neutralidade de carbono até meados do século. Também destacou a importância de implementar os resultados da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas.
Durante o lançamento oficial da Aliança Global, o presidente Lula ressaltou a responsabilidade do G20: A fome é produto de decisões políticas que perpetuam a exclusão de grande parte da humanidade. O G20 representa 85% dos 110 trilhões de dólares do PIB mundial. Responde por 75% dos 32 trilhões de dólares do comércio de bens e serviços e dois terços dos 8 bilhões de habitantes do planeta. Compete aos que estão aqui em volta desta mesa a inadiável tarefa de acabar com essa chaga que envergonha a humanidade”.
Foto: Ricardo Stuckert / PR
