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GENOCÍDIO E FOME EM GAZA: OCUPAÇÃO MILITAR E CATÁSTROFE HUMANITÁRIA

09/08/2025 8h03

A nova ofensiva de Israel na Faixa de Gaza expõe o projeto de ocupação total do território palestino. Na quinta-feira (7), o gabinete de segurança israelense aprovou plano de Benjamin Netanyahu para que as Forças Armadas controlem diretamente a Cidade de Gaza — etapa que, na prática, prevê a tomada de toda a região.

A ONU condenou a medida. “Essa nova escalada resultará em deslocamentos forçados, mais mortes, sofrimento insuportável e crimes atrozes”, disse o alto comissário Volker Türk, defendendo sua interrupção imediata. O Brasil já havia alertado que a proposta viola o direito internacional e compromete a busca por uma solução justa e duradoura.

Em pronunciamento emocionado, o presidente Lula lamentou a violência contra civis. “Chegamos à cretinice de dar comida e água para as crianças e matá-las antes de pegar a comida”, disse, lembrando que o Brasil deixou novamente o Mapa da Fome e defendendo indignação contra desigualdades e violência.

China, Austrália, Reino Unido e Alemanha também criticaram o plano, cobrando cessar-fogo e suspensão de apoio militar. Em Israel, o chefe das Forças Armadas, Eyal Zamir, e o Fórum das Famílias dos Reféns alertaram para o risco de uma “armadilha” que poderia matar reféns.

Segundo a ONU, 87% da região está sob ordens de evacuação ou militarizada, e 800 mil pessoas devem deixar a Cidade de Gaza. Mais de 61 mil já morreram, 152 mil ficaram feridas e a fome matou quase 200 pessoas, metade crianças.

O cerco a Gaza é a face mais cruel de um projeto colonial: ocupação total, deslocamento forçado, fome e controle militar. A comunidade internacional exige o fim da ocupação, o reconhecimento do Estado palestino e o respeito à autodeterminação de seu povo.

Foto: Bashar Taleb