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GOVERNO LULA AMPLIA AÇÕES PARA LOCALIZAR VÍTIMAS DE FRAUDE NO INSS

30/05/2025 7h49

O Governo Federal adotará uma estratégia de busca ativa para localizar aposentados/as e pensionistas do INSS que sofreram descontos indevidos de mensalidades associativas. A medida visa atender quem vive em áreas remotas ou tem dificuldades de mobilidade e acesso aos canais digitais.

Em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), o ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, explicou que a ação será iniciada após o primeiro contato feito pelos canais oficiais. Caso não haja retorno, o governo passará a atuar diretamente na localização das vítimas.

“Vamos fazer uma busca ativa. Essa medida já está sendo preparada, e será feita em um passo seguinte [aos primeiros contatos para identificar as vítimas dos descontos irregulares]”, afirmou Queiroz.

O atendimento incluirá o uso de unidades móveis, como o PrevMóvel e o PrevBarco, que levarão os serviços previdenciários a comunidades ribeirinhas, indígenas, quilombolas e outras regiões de difícil acesso. “Esses barcos da Previdência Social vão fazer a busca ativa, vão na casa do cidadão”, disse o ministro.

Queiroz alertou sobre o risco de tentativas de golpes e reforçou a importância de utilizar apenas os canais oficiais: o site Meu INSS, as centrais do Ministério da Previdência, o Disque 135 e as agências dos Correios. “O INSS não vai telefonar nem enviar e-mail ou WhatsApp. Cuidado para não caírem em outro golpe ao tentarem ser ressarcidos de um golpe anterior”, alertou.

“Vamos fazer essa busca ativa para não deixar ninguém que foi lesado sem ser ressarcido”, completou.

Segundo o ministro, as associações envolvidas nos descontos “foram feitas para fraudar”, sem sede ou patrimônio. “Detectamos que essas fraudes começaram em 2019. A partir de 2019 começaram, ali, as primeiras críticas e as primeiras denúncias. A imprensa recentemente divulgou a descoberta de um servidor aqui do Distrito Federal, que foi lá na Polícia Federal, denunciou que estavam ocorrendo descontos indevidos. O governo passado, no entanto, não apurou”, afirmou.

“Nada foi feito ou apurado pelo governo passado, e os descontos continuaram. Foi naquele período que essas entidades, que entraram e foram credenciadas para fraudar, se estabeleceram no INSS. Foi a partir dali que elas começaram a agir”, concluiu o ministro.

Foto: Joédson Alves/Agência Brasil