A taxa de desocupação no Brasil caiu para 5,8% no segundo trimestre de 2025, o menor nível desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), em 2012. O dado foi divulgado nesta sexta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), confirmando o cenário de aquecimento do mercado de trabalho em quase todas as regiões do país.

Segundo o IBGE, em 18 das 27 unidades da federação houve recuo do índice de desocupação. O levantamento mostrou que o contingente de pessoas que procuravam trabalho há dois anos ou mais teve uma queda de 23,6%. Atualmente, 1,3 milhão de brasileiros e brasileiras se encontram nessa situação, o menor número para um segundo trimestre desde o início da série histórica.

A pesquisa também apontou recordes na ocupação e na renda. O número de pessoas ocupadas aumentou em 1,8 milhão no trimestre. A taxa nacional de informalidade recuou para 37,8%, enquanto o rendimento médio real habitual chegou a R$ 3.477. A massa de rendimento real atingiu R$ 351,2 bilhões, o que representa um novo recorde.

Apesar dos avanços, o IBGE indica pontos que precisam ser combatidos. O desemprego entre as mulheres (6,9%) continua superior ao dos homens (4,8%). Por cor ou raça, a taxa de desocupação dos brancos (4,8%) é inferior à de pretos (7,0%) e pardos (6,4%). A escolaridade também segue sendo um fator decisivo, com o desemprego atingindo 9,4% entre aqueles com ensino médio incompleto e 3,2% entre quem concluiu o ensino superior.

O retrato do mercado de trabalho revelado pela PNAD Contínua aponta para uma trajetória de recuperação ampla e consistente. A nova metodologia da série histórica, com base no Censo 2022, trouxe mais precisão às estimativas, evidenciando os avanços e desafios do país. A meta do governo federal é seguir trabalhando para reduzir os contrastes regionais e estruturais em busca do pleno emprego.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil