Ontem (8), durante a abertura do Encontro Internacional da Indústria da Construção (Enic), em São Paulo, o presidente Lula destacou o papel da construção civil no combate ao déficit habitacional, que ainda afeta milhões de brasileiros/as. O evento integrou a Feicon e reuniu ministros/as, autoridades e empresários/as do setor.
Lula chamou atenção para o número de moradias ainda necessárias no país: “Pelo amor de Deus, vocês têm que ajudar a gente a acabar com essa marca de sete milhões, faz 51 anos, gente, 51 anos. Vocês já fizeram casa, todo mundo aqui já deve ter feito muita casa, mas algo está acontecendo, parece que a gente está enxugando gelo”, afirmou.
“Ninguém pode dizer que investir na construção de casas para o povo é gasto. É investimento. Não só está construindo ativos produtivos para a sociedade e país, mas está garantindo um ninho para quem precisa”, disse o presidente. “Se a quantidade de casas que nós estamos fazendo ainda não dá conta de vencer o déficit habitacional, é preciso que a gente seja criativo. Ainda tem muita palafita neste país”, completou
O presidente reforçou que previsibilidade e estabilidade são essenciais para o desenvolvimento: “É importante que a gente tenha clareza: nós precisamos de estabilidade econômica, nós precisamos de estabilidade fiscal, nós precisamos de estabilidade social e nós precisamos de previsibilidade.”
O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, apresentou números sobre a retomada de obras no país: “Mais de 4.500 obras de infraestrutura de saúde pública estavam paralisadas: hospitais, clínicas, postos de saúde, CAPS. Mais 3.500 escolas, creches, escolas de ensino fundamental, escolas de ensino integral e obras de universidades paralisadas. Eram mais de 87 unidades do Minha Casa, Minha Vida paralisadas. Os programas foram todos desmontados e tivemos, em dois anos, com muito esforço e trabalho, voltar a planejar este país”, disse Rui Costa.
Foto: Ricardo Stuckert / PR
