O presidente Lula participou ontem (13), em Brasília, da abertura da 4ª Conferência Nacional de Economia Popular e Solidária (Conaes), que retorna após mais de uma década. Ele destacou o modelo como caminho para transformar o país e combater a desigualdade, defendendo a distribuição de renda e criticando a concentração de riqueza. “Muito dinheiro na mão de poucos significa miséria, desnutrição, fome e analfabetismo. Pouco dinheiro na mão de muitos significa exatamente o contrário”, afirmou.

Lula cobrou de seus ministros a regulamentação da Lei de Economia Solidária, sancionada em dezembro de 2024, que criou a Política Nacional de Economia Solidária (PNES), batizada com o nome de Paul Singer. O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, defendeu mais recursos e políticas para o setor, e o ministro da Secretaria-Geral, Márcio Macêdo, celebrou a retomada da participação social.

Com o tema “Economia Popular e Solidária como Política Pública”, a conferência reúne cerca de 1.500 participantes, entre delegados e delegadas, gestores e representantes de empreendimentos. As etapas preparatórias mobilizaram cerca de 16 mil pessoas em 1.584 municípios.

Segundo a Secretaria Nacional de Economia Popular e Solidária, o setor conta com mais de 27 mil empreendimentos e movimentou R$ 65 bilhões em 2023. Representantes de fóruns, uniões e cooperativas defenderam a efetividade do 2º Plano Nacional de Economia Solidária, o fortalecimento de programas como PAA e PNAE e a valorização da autogestão. O presidente da Uniforja, Maurício da Costa, relatou a recuperação de uma empresa falida pelos próprios trabalhadores e trabalhadoras como exemplo do potencial do modelo.

Foto: Ricardo Stuckert / PR