O presidente Lula discursou na abertura da Primeira Reunião de Sherpas da Presidência Brasileira do Brics, ontem (26), no Palácio do Itamaraty. Representantes dos países-membros e embaixadores de nações parceiras participaram do evento.
O Brasil definiu seis eixos prioritários para sua presidência no bloco: saúde global, mudanças climáticas, comércio, investimentos e finanças, governança da inteligência artificial e fortalecimento institucional.
“Propomos seis eixos principais. Primeiro: a reforma da arquitetura multilateral de paz e segurança é inadiável”, afirmou Lula, condenando a lógica do unilateralismo e reforçando que “negociar com base na lei do mais forte é um atalho perigoso para a instabilidade e para a guerra”.
Sobre saúde global, Lula destacou os impactos da covid-19 e defendeu parcerias para eliminar doenças socialmente determinadas. “Sabotar os trabalhos da Organização Mundial da Saúde é um erro com graves consequências”, alertou.
No tema ambiental, alertou para os danos do negacionismo climático e os prejuízos econômicos das crises ambientais. “O planeta acumula recordes de temperaturas e de concentração de gases de efeito estufa. A omissão custa caro e não poupará ninguém”, declarou.
Lula também abordou a governança da inteligência artificial e criticou a influência de grandes empresas tecnológicas. “O interesse público e soberania digital devem prevalecer sobre a ganância corporativa”, defendeu.
Encerrando o discurso, destacou a necessidade de fortalecer a institucionalidade do Brics. “Temos o desafio de tornar a coordenação mais eficaz e mais ágil”, afirmou, ressaltando a importância de decisões mais eficientes e de maior impacto global.
Foto: Ricardo Stuckert
