Ontem (31), o presidente Lula reuniu governadores/as, vice-governadores/as, ministros/as, autoridades do judiciário, representantes municipais e das forças de segurança no Palácio do Planalto para debater ações de Segurança Pública. Na ocasião, foi apresentada a PEC da Segurança Pública, proposta do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), que busca incluir o Sistema Único de Segurança Pública (Susp) na Constituição, tornando-o um mecanismo mais robusto e eficaz no combate ao crime organizado.

“A questão da segurança pública hoje não é uma questão como já foi em outras décadas. O crime organizado hoje não é mais o bandido comum que a gente estava habituado a lidar. Hoje é uma organização poderosa que está envolvida em todos os setores da sociedade, inclusive em nível internacional”, afirmou Lula, enfatizando a urgência de um amplo pacto que envolva todos os poderes e esferas do governo.

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, alertou para o avanço do crime organizado no país, que cada vez mais se assemelha a uma “organização mafiosa”, com presença em setores econômicos e até financiando campanhas eleitorais. “Hoje nós estamos falando de uma organização criminosa que ganha contornos rápidos de organização mafiosa no Brasil”, disse.

Já o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, destacou que a criminalidade mudou profundamente nas últimas décadas e ultrapassa fronteiras nacionais. “O que nos levou a apresentar essa proposta é a constatação que depois de 36 anos de promulgação da Constituição Federal de 1988 a natureza da criminalidade mudou radicalmente,” pontuou Lewandowski.

O encontro reuniu 16 governadores e outras autoridades de diferentes esferas, reforçando o compromisso com um diálogo amplo e a busca por soluções integradas. A proposta de emenda à Constituição visa garantir uma atuação mais coordenada e eficaz entre União, estados e municípios, fortalecendo a capacidade do Estado brasileiro no combate ao crime organizado.

Foto: Ricardo Stuckert / PR