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MINISTRA DA SAÚDE PEDE APOIO INTERNACIONAL PARA ENFRENTAR IMPACTOS DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS NA SAÚDE

01/10/2024 9h13

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, ressaltou a urgência de discutir como as mudanças climáticas estão afetando os serviços de saúde, principalmente em países em desenvolvimento como o Brasil. Durante sua participação ontem (30) na reunião do Comitê Regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para as Américas, em Washington DC, ela destacou a situação que o Brasil enfrenta e pediu a adesão de outros países a uma resolução sobre clima e saúde.

“O Brasil enfrenta neste ano graves impactos relacionados à mudança climática. Destaco as inundações no estado do Rio Grande do Sul, além da pior estiagem na Amazônia e nos biomas do Pantanal e do Cerrado que o país vive atualmente. Por motivos como este, a mudança do clima e saúde é um dos temas prioritários da presidência brasileira do Grupo dos 20 (G20)”, afirmou Nísia. Ela também mencionou o Plano de enfrentamento à dengue e outras arboviroses, que mostra a ligação entre mudanças climáticas e saúde pública. “Precisamos, assim, de uma estratégia e cooperação regional para enfrentar esse desafio. A aprovação da resolução sobre clima e saúde nesta reunião do conselho diretivo será um passo importante nesse sentido”.

Desde 2023, o Ministério da Saúde acompanha de perto o cenário das arboviroses, ajudando estados e municípios a lidar com os desafios, liberando recursos e emitindo alertas para evitar o aumento de casos. Em 2024, o governo investirá cerca de R$ 1,5 bilhão nessas ações. Além disso, a ministra falou sobre o esforço do Brasil para reduzir a mortalidade materno-infantil, com o recente lançamento da Rede Alyne, um programa voltado ao cuidado integral de gestantes e bebês, especialmente nas populações mais vulneráveis. O governo vai destinar R$ 400 milhões para o programa em 2024 e R$ 1 bilhão em 2025.

Durante a Assembleia Mundial da Saúde deste ano, o Brasil também trouxe à tona a importância da regulamentação do marketing digital de substitutivos do leite materno, e Nísia convidou os países das Américas a apoiar essa causa, que será levada à OMS no próximo ano.

Nísia também ressaltou a criação da Aliança para Atenção Primária em Saúde nas Américas e a Política para Força de Trabalho em Saúde 2030. “Com foco nesta última agenda, o Brasil realizará, em dezembro do presente ano, a Conferência para Gestão do Trabalho em Saúde. Somos também ativos participantes da transformação digital do setor saúde. E, para este fim, o Ministério da Saúde criou uma nova secretaria dedicada à informação e à saúde digital”, concluiu.

Foto: Karina Zambrana/PAHO