Na última sexta-feira, servidores/as públicos/as estaduais fizeram uma mobilização em defesa do IPE (Instituto de Previdência do Estado) e por correção de defasagem salarial. Essas demandas, que fazem parte da agenda dos movimentos, são tão simples quanto antigas, mas o contexto é novo e mais complexo.

Os direitos da sociedade assegurados, em grande medida, pelas políticas públicas – de saúde, segurança, educação, moradia e outras tantas – continuam no centro da estratégia do capitalismo como disputa de conceito, mas, sobretudo, como crescente e direta apropriação do espaço público. O atual debate sobre educação pública do RS, por exemplo, não mais se circunscreve à terceirização de serviços. Trata-se da renúncia do projeto pedagógico em benefício de fundações vinculadas a bancos e afins. Retomar o protagonismo dos/as educadores/as, comunidades escolares, universidades, é tão urgente quanto complexo neste cenário.

Não são menores os desafios de outras categorias que atuam em áreas estratégicas para o atendimento das demandas da sociedade gaúcha. Por isso, é fundamental contextualizar as questões dos direitos da classe trabalhadora nas lutas estratégicas da sociedade, como: a defesa da democracia, da soberania e da elevação da qualidade de vida da população gaúcha e brasileira, que passam pelo debate e por ações coletivas como esta da Frente dos Servidores Públicos do RS.

Juçara Dutra Vieira
Presidenta do PT / RS