A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) instalada para investigar os descontos indevidos de aposentados e pensionistas do INSS teve sua primeira sessão, com aprovação do plano de trabalho. A bancada da PT tem reforçado a cobrança por uma investigação aprofundada, criticando a negligência da gestão anterior e defendendo a atuação decisiva do Governo Federal para solucionar a fraude.
A mobilização do PT na CPMI reflete o compromisso com a população afetada. Em discursos, os parlamentares destacaram que o esquema foi desmantelado na atual administração, que já iniciou o processo de devolução do dinheiro às vítimas.
O senador Rogério Carvalho (SE) solicitou que a CPMI investigue não apenas as associações fraudulentas, mas também as irregularidades em operações de crédito consignado. O senador Fabiano Contarato (ES) elogiou a celeridade do ressarcimento: “Eu duvido se outro governo faria imediatamente”, comparou, reforçando a atuação do Governo Lula.
Já o deputado federal Paulo Pimenta (RS) defendeu que os setores progressistas são os principais interessados na apuração dos fatos e na punição dos responsáveis. “É muito importante que a verdade apareça e que a sociedade brasileira possa compreender esse esquema que fraudou, que roubou bilhões de reais dos aposentados e aposentadas do nosso país”, afirmou o parlamentar. Pimenta questionou o enfraquecimento da fiscalização no INSS e apontou que o esquema criminoso foi “gestado no governo Bolsonaro e acabou no governo do Lula”.
A postura da bancada foi complementada pelo deputado Rogério Correia (MG), que defendeu a convocação de Jair Bolsonaro para depor, e pelo deputado Alencar Santana (SP), que interpelou um senador do Partido Liberal (PL) sobre o conhecimento da fraude e a inércia do governo anterior. Alencar expôs que, mesmo tendo ciência das irregularidades, nenhuma medida foi tomada.