Concedida à iniciativa privada, a gestão do maior aeroporto do estado declarou-se incapaz de enfrentar o desafio trazido pela enchente de maio. Em texto emblemático sobre o tema, “Fórmula Fraport: capitalismo sem risco” (*), o escritor e jornalista Juremir Machado da Silva lembra que os argumentos que sustentam a tese da privatização – modernização, eficiência e agilidade – estiveram ausentes da reação da empresa. Ao contrário: a Fraport reivindicou renegociação do contrato para permanecer operando.
O Governo Lula encarou o desafio da reconstrução do RS, reforçando o papel do Estado não apenas nas políticas públicas diretas, mas também, de reconstrução de infraestruturas, de ampliação de linhas de crédito para preservação de empregos e geração de renda.
O debate do papel do Estado continua atual e necessário. Porto Alegre precisa do aeroporto em pleno funcionamento (aliás, todo o RS). Precisa, também, do DMAE fortalecido, da reconstituição dos serviços do DEP, da ampliação da saúde pública, do combate à corrupção na educação. Esta é a centralidade da disputa eleitoral do próximo domingo.
A cidade pode continuar a conviver com velhos problemas. Ou pode optar pela mudança, elegendo Maria e Tamyres, prefeita e vice.
Juçara Dutra Vieira
Presidenta do PT / RS
(*) Fórmula Fraport: capitalismo sem risco – Juremir Machado da Silva, https://www.matinaljornalismo.com.br/matinal/colunistas-matinal/juremir-machado/formula-fraport-capitalismo-sem-risco/, 13/06/2024
