Massivos ou simbólicos, os atos denunciando as agressões de Trump ao Brasil precisam ser intensificados. Os partidos políticos do campo democrático e popular que, na última segunda-feira (14/07), realizaram manifestação na Esquina Democrática, promoverão novo ato amanhã (22/07), ao meio-dia, em frente ao Consulado Geral dos EUA.
A investida de Trump contra a soberania brasileira tem um texto (proteção dos interesses americanos); um pretexto (supostos “ataques às eleições livres e à liberdade de expressão”); e um contexto (crescimento da economia chinesa, emergência dos BRICs, importância do Brasil na América Latina).
A centralidade de nossa disputa é o conceito de soberania que pressupõe democracia, respeito à Constituição, direito ao trabalho e renda. Nesse sentido, a tentativa de interferência no comércio da 25 de Março (SP) e o ataque ao “pix” são duas questões de fácil diálogo com a população brasileira.
O plebiscito popular também compõe essa lógica por defender os interesses da grande maioria da população brasileira. Aliás, um plebiscito bem sucedido foi o ocorrido em 2004, quando os movimentos sociais, as centrais sindicais, os partidos de esquerda disseram “não à ALCA” diretamente a George Bush em evento que reuniu Lula, Kirchner e Chávez, em Mar del Plata, Argentina.
Tive o privilégio de estar lá.
Juçara Dutra Vieira
Presidenta PT / RS
