A participação da sociedade civil foi central na elaboração do Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil (PNPDC), com lançamento previsto para dezembro. Considerado o principal instrumento para gestão de riscos e desastres no país, o plano envolveu instituições federais, estaduais e municipais, além do setor privado e da sociedade civil.
Lucas D’Avila, assessor da Cáritas Brasileira, destacou a importância desse processo. “Esse é o primeiro passo para a construção de um caminho de maior inclusão das comunidades e representantes da sociedade civil na luta pela cultura de prevenção no Brasil. Temos uma longa jornada pela frente, mas o primeiro avanço foi dado.”
O PNPDC propõe unir conhecimento técnico e saberes comunitários. “A participação da sociedade civil no plano funciona como um elo entre as defesas civis, que são mais técnicas, e as comunidades, que vivenciam os desastres e não estão preparadas para essas situações. Por outro lado, essas comunidades têm os conhecimentos locais que devem ser valorizados na resposta aos riscos. A união dos conhecimentos técnicos e comunitários é fundamental”, completou Lucas.
Para o secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff, o plano reflete as realidades locais. “Tudo foi feito de forma colaborativa, incorporando contribuições de todos os envolvidos, o que tornou o plano mais robusto e alinhado com a realidade brasileira. A abordagem participativa foi crucial para o plano. Garantiu que não fosse só uma diretriz governamental, mas uma ferramenta útil e eficaz.”
O processo segue as diretrizes do Marco de Sendai e da ONU, promovendo prevenção, mitigação, preparação, resposta e recuperação como etapas fundamentais para reduzir os riscos de desastres.
Foto: Gilvan Rocha/Agência Brasil
