Artigo

A LUTA RACIAL NA ATUAL CONJUNTURA

10/12/2021 10h49

Com a consolidação da possibilidade de Lula concorrer à presidência da república, em razão do julgamento de incompetência da 13ª Vara Federal pelo STF, no que diz respeito aos processos julgados por Moro, o cenário de disputa para 2022 vai se desenhando favoravelmente à vitória do PT e da esquerda no Brasil. Significa que o leque de alianças poderá se ampliar em virtude da capacidade de articulação que a figura de Lula é capaz de produzir. Portanto, em que pese o esforço de se buscar unidade no campo da esquerda é possível que a aliança eleitoral se estenda em direção ao centro, o que poderá influenciar profundamente no conteúdo do programa de governo e na mobilização da sociedade civil.

De outro lado, a luta racial adquire dimensões internacionais, que revelam a profunda contradição de uma sociedade absorvida pela ideologia do capitalismo e dominada por uma classe, que não dá conta das necessidades humanas e principalmente do processo civilizatório e de paz.

Nesse contexto, a militância antiracista, que compreende a necessidade de um partido político forte e comprometido com as lutas populares da classe trabalhadora, que funcione como ferramenta institucional para derrotar o projeto neoliberal, neofacista e entreguista, não pode abrir mão de um programa de governo que resgate todas as conquistas do período Lula/Dilma, que, na sua maioria, foram jogadas na lata do lixo pelo governo genocida bolsonarista. Portanto, devemos estar organizados, influenciando nossas tendências internas do partido a não capitularem diante desses desafios. 

Além do desafio de resgate das conquistas, nossa tarefa também consiste em ir além, promovendo mudanças estruturais, e reativando o dinamismo da economia voltada à produção, para que gere mais postos de empregos e maior divisão da renda para melhorar a qualidade de vida do povo trabalhador.

Nesse novo ambiente, que só um governo de esquerda poderá proporcionar, a compreensão sobre a existência do racismo estrutural se torna estratégico por uma razão simples: O racismo estrutural faz parte do sistema capitalista opressor. E, diante dessa compreensão, não se criará a ilusão de que o racismo será derrotado dentro dos marcos da política liberal, o que avançará sobremaneira a nossa luta.

Portanto a luta racial deverá ser conduzida no sentido de desenvolver caminhos para a construção de uma nova sociedade, que a nosso juízo deverá ser Socialista e Democrática como reclama nosso estatuto partidário!    

E, do ponto de vista da organização do debate e das ações, devemos dar nossa contribuição qualificada no Congresso Estadual Popular do Partido dos Trabalhadores-RS, aproximando e envolvendo nossa base militante para os desafios do momento que têm nos exigido muito. Será o momento rico de troca de confraternização, trocas de experiências e fundamentalmente de escolhas dos caminhos que nos levarão à vitória e a recondução do país rumo ao desenvolvimento e combate à exploração.

*Luís Alberto da Silva é Secretário Estadual de Combate ao Racismo – PT/RS

Esse artigo não necessariamente representa a opinião do partido.

Com a consolidação da possibilidade de Lula concorrer à presidência da república, em razão do julgamento de incompetência da 13ª Vara Federal pelo STF, no que diz respeito aos processos julgados por Moro, o cenário de disputa para 2022 vai se desenhando favoravelmente à vitória do PT e da esquerda no Brasil. Significa que o leque de alianças poderá se ampliar em virtude da capacidade de articulação que a figura de Lula é capaz de produzir. Portanto, em que pese o esforço de se buscar unidade no campo da esquerda é possível que a aliança eleitoral se estenda em direção ao centro, o que poderá influenciar profundamente no conteúdo do programa de governo e na mobilização da sociedade civil.

De outro lado, a luta racial adquire dimensões internacionais, que revelam a profunda contradição de uma sociedade absorvida pela ideologia do capitalismo e dominada por uma classe, que não dá conta das necessidades humanas e principalmente do processo civilizatório e de paz.

Nesse contexto, a militância antiracista, que compreende a necessidade de um partido político forte e comprometido com as lutas populares da classe trabalhadora, que funcione como ferramenta institucional para derrotar o projeto neoliberal, neofacista e entreguista, não pode abrir mão de um programa de governo que resgate todas as conquistas do período Lula/Dilma, que, na sua maioria, foram jogadas na lata do lixo pelo governo genocida bolsonarista. Portanto, devemos estar organizados, influenciando nossas tendências internas do partido a não capitularem diante desses desafios. 

Além do desafio de resgate das conquistas, nossa tarefa também consiste em ir além, promovendo mudanças estruturais, e reativando o dinamismo da economia voltada à produção, para que gere mais postos de empregos e maior divisão da renda para melhorar a qualidade de vida do povo trabalhador.

Nesse novo ambiente, que só um governo de esquerda poderá proporcionar, a compreensão sobre a existência do racismo estrutural se torna estratégico por uma razão simples: O racismo estrutural faz parte do sistema capitalista opressor. E, diante dessa compreensão, não se criará a ilusão de que o racismo será derrotado dentro dos marcos da política liberal, o que avançará sobremaneira a nossa luta.

Portanto a luta racial deverá ser conduzida no sentido de desenvolver caminhos para a construção de uma nova sociedade, que a nosso juízo deverá ser Socialista e Democrática como reclama nosso estatuto partidário!    

E, do ponto de vista da organização do debate e das ações, devemos dar nossa contribuição qualificada no Congresso Estadual Popular do Partido dos Trabalhadores-RS, aproximando e envolvendo nossa base militante para os desafios do momento que têm nos exigido muito. Será o momento rico de troca de confraternização, trocas de experiências e fundamentalmente de escolhas dos caminhos que nos levarão à vitória e a recondução do país rumo ao desenvolvimento e combate à exploração.

*Luís Alberto da Silva é Secretário Estadual de Combate ao Racismo – PT/RS

Esse artigo não necessariamente representa a opinião do partido.