As marcas da enchente de maio de 2024 seguem vivas na memória dos moradores e moradoras do Rio Grande do Sul. O trauma reaparece a cada sinal de tempestade ou ruído de helicópteros. Naquele cenário de destruição, o Governo Lula criou a Força de Proteção do Sistema Único de Assistência Social (ForSUAS/RS), coordenada pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), para apoiar a gestão da assistência social nos municípios atingidos.
Um ano depois, a ForSUAS segue ativa no estado com base em Porto Alegre. A mobilização envolveu mais de 180 profissionais, incluindo 52 especialistas que atuaram diretamente nos territórios. O apoio foi fundamental no cadastramento de famílias, organização de abrigos e suporte técnico às equipes locais.
“Foi a primeira vez, enquanto servidora de um município, que a gente conseguiu enxergar um apoio tão forte e efetivo, tanto do estado quanto do Governo Federal”, afirmou Jeanine Godói, assistente social que integrou a equipe de resposta emergencial.
A dona de casa Rosângela dos Santos também teve sua vida transformada. “Foi difícil, foi um choque. Eu fiquei mais aliviada, porque eu estava contando com esse dinheiro que a gente ganhou dos benefícios. Eu jamais ia imaginar que aconteceria tudo isso.”
Ela se refere ao Auxílio Reconstrução e ao pagamento unificado do Bolsa Família, que chegou a todos os municípios do estado logo no primeiro dia de pagamento, com a suspensão do escalonamento por NIS e das revisões cadastrais.
A experiência no RS serviu de base para a criação da ForSUAS nacional, formalizada em março de 2025. Desde então, equipes foram mobilizadas em situações emergenciais em estados como Minas Gerais, Ceará, Acre e Amazonas, além de ações de acolhimento a brasileiros deportados.
Fotos: André Oliveira/ MDS
